Como os padrões de beleza variam em diferentes culturas
Padrões de beleza são modelos estéticos que definem o que é considerado belo ou feio em uma sociedade. Esses modelos são construções sociais, ou seja, não são naturais nem universais, mas dependem do contexto histórico e cultural em que são criados e difundidos. Neste artigo, você vai conhecer como os padrões de beleza variam em diferentes culturas ao longo do tempo e do espaço. Você também vai descobrir quais são os fatores que influenciam a formação e a mudança dos padrões de beleza. Além disso, você vai saber quais são as críticas e as consequências dos padrões de beleza para a sociedade e para os indivíduos. Por fim, você vai ver como é possível valorizar a beleza plural, diversa e subjetiva.
O conceito de padrão de beleza e sua relação com a cultura
O conceito de padrão de beleza pode ser definido como um conjunto de normas estéticas que formatam o corpo humano, especialmente o rosto e a silhueta, de acordo com processos culturais localizados em um determinado espaço e tempo histórico1. Essas normas estabelecem quais são as características físicas que devem ser valorizadas ou rejeitadas, como a cor da pele, o formato dos olhos, o tamanho do nariz, a espessura dos lábios, a altura, o peso, a musculatura, etc. Essas características são associadas a atributos positivos ou negativos, como a saúde, a inteligência, a personalidade, a moralidade, etc.
O padrão de beleza é uma construção social, ou seja, não é algo que sempre existiu na natureza, não é igual em todas as épocas e lugares, e não é imutável. O padrão de beleza é influenciado pela cultura, que é o conjunto de valores, crenças, costumes e normas que orientam o comportamento de um grupo social. A cultura determina o que é belo ou feio para uma determinada sociedade, e também o que é aceitável ou inaceitável. A cultura também reflete as condições materiais, históricas e políticas de uma sociedade, como o clima, a economia, a religião, a ciência, a arte, etc.
A diversidade dos padrões de beleza ao longo da história e em diferentes regiões do mundo
A diversidade dos padrões de beleza pode ser observada ao longo da história e em diferentes regiões do mundo. Cada época e cada lugar tem o seu próprio modelo estético, que pode ser muito diferente dos outros. Por exemplo:
- Na Grécia Antiga, o padrão de beleza era baseado na harmonia e na proporção das formas. Os gregos valorizavam os corpos atléticos e simétricos, tanto de homens quanto de mulheres. A pele deveria ser clara e os cabelos deveriam ser loiros ou castanhos. Os olhos deveriam ser grandes e claros. O nariz deveria ser reto e fino. Os lábios deveriam ser pequenos e rosados.
- Na China Antiga, o padrão de beleza era baseado na delicadeza e na suavidade das formas. Os chineses valorizavam os corpos esguios e frágeis, especialmente das mulheres. A pele deveria ser branca como a neve e os cabelos deveriam ser pretos como o carvão. Os olhos deveriam ser pequenos e amendoados. O nariz deveria ser pequeno e arrebitado. Os lábios deveriam ser vermelhos como o sangue.
- Na Renascença Europeia, o padrão de beleza era baseado na voluptuosidade e na sensualidade das formas. Os europeus valorizavam os corpos curvilíneos e fartos, especialmente das mulheres. A pele deveria ser clara e rosada e os cabelos deveriam ser longos e ondulados. Os olhos deveriam ser expressivos e coloridos. O nariz deveria ser arredondado e carnudo. Os lábios deveriam ser cheios e úmidos.
- Na África Subsaariana, o padrão de beleza é baseado na diversidade e na originalidade das formas. Os africanos valorizam os corpos variados e marcantes, tanto de homens quanto de mulheres. A pele pode ter diferentes tons de preto ou marrom e os cabelos podem ter diferentes texturas e penteados. Os olhos podem ter diferentes formatos e cores. O nariz pode ter diferentes larguras e comprimentos. Os lábios podem ter diferentes espessuras e curvaturas.
Esses são apenas alguns exemplos dos diferentes padrões de beleza que existem ou existiram no mundo. Há muitos outros modelos estéticos que podem ser encontrados em outras culturas ou regiões, como na Índia, no Japão, no Oriente Médio, na América Latina, etc.
A influência da mídia, da moda e do consumo na difusão e na uniformização dos padrões de beleza
A difusão e a uniformização dos padrões de beleza são fenômenos que ocorrem principalmente a partir do século XX, com o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa, como o cinema, a televisão, as revistas, a internet, etc.
Esses meios divulgam imagens de pessoas consideradas belas ou feias para um grande público, criando padrões de beleza que são reproduzidos ou rejeitados pelas pessoas. Esses padrões de beleza são influenciados pela moda e pelo consumo, que são atividades econômicas e culturais que envolvem a produção, a distribuição e o uso de bens e serviços relacionados à aparência. A moda e o consumo criam tendências e estilos que são seguidos ou ignorados pelas pessoas. Essas tendências e estilos podem ser globais ou locais, homogêneos ou heterogêneos, estáveis ou mutáveis.
A influência da mídia, da moda e do consumo na difusão e na uniformização dos padrões de beleza pode ter vantagens e desvantagens. Por um lado, essa influência pode facilitar a comunicação, a integração e a identificação entre as pessoas de diferentes culturas, pois elas podem compartilhar os mesmos modelos estéticos. Por outro lado, essa influência pode gerar a perda, a exclusão e a discriminação das culturas locais, pois elas podem ser substituídas ou marginalizadas pelos modelos estéticos dominantes.
As críticas e as consequências dos padrões de beleza para a sociedade e para os indivíduos
Os padrões de beleza são alvo de críticas e questionamentos por parte de vários setores da sociedade, como os movimentos sociais, as organizações não governamentais, os intelectuais, os artistas, etc. Esses setores apontam as consequências negativas dos padrões de beleza para a sociedade e para os indivíduos. Algumas dessas consequências são:
- Padronização: a padronização é o processo de tornar as coisas iguais ou semelhantes. A padronização dos padrões de beleza pode gerar a perda da diversidade cultural, da originalidade individual e da criatividade coletiva. A padronização também pode gerar a alienação, a conformidade e a dependência das pessoas em relação aos modelos estéticos impostos pela mídia, pela moda e pelo consumo.
- Discriminação: a discriminação é o ato de tratar as pessoas de forma diferente ou injusta por causa de alguma característica física ou social. A discriminação dos padrões de beleza pode gerar a exclusão, a violência e o preconceito contra as pessoas que não se encaixam nos modelos estéticos vigentes. A discriminação também pode gerar a desigualdade, a opressão e a exploração das pessoas por causa da sua aparência.
- Insatisfação: a insatisfação é o sentimento de descontentamento ou frustração com algo ou alguém. A insatisfação dos padrões de beleza pode gerar a baixa autoestima, a insegurança e a ansiedade das pessoas em relação à sua própria aparência. A insatisfação também pode gerar o consumo excessivo, o desperdício e o endividamento das pessoas por causa da sua busca pela beleza ideal.
- Sofrimento: o sofrimento é o estado de dor física ou emocional causado por algo ou alguém. O sofrimento dos padrões de beleza pode gerar problemas de saúde física e mental das pessoas que tentam se adequar aos modelos estéticos impostos. O sofrimento também pode gerar comportamentos nocivos, como os transtornos alimentares, as cirurgias plásticas, o uso de drogas, etc.
A valorização da beleza plural, diversa e subjetiva
A valorização da beleza plural, diversa e subjetiva é uma alternativa aos padrões de beleza impostos pela mídia, pela moda e pelo consumo. Essa valorização consiste em reconhecer e respeitar as diferentes formas de beleza que existem no mundo, sem hierarquizar, padronizar ou discriminar. Essa valorização também consiste em expressar e apreciar a própria beleza, sem se comparar, se insatisfazer ou se sofrer. Essa valorização pode ser feita por meio de ações individuais e coletivas, como:
- Educação: a educação é o processo de ensinar e aprender conhecimentos, habilidades e valores. A educação pode ser usada para valorizar a beleza plural, diversa e subjetiva, por meio de atividades que estimulem o pensamento crítico, a consciência cultural e a autoestima das pessoas em relação à sua aparência.
- Comunicação: a comunicação é o processo de trocar informações, ideias e sentimentos. A comunicação pode ser usada para valorizar a beleza plural, diversa e subjetiva, por meio de meios que divulguem e celebrem as diferentes formas de beleza que existem no mundo, sem impor ou excluir.
- Arte: a arte é a expressão criativa da sensibilidade humana. A arte pode ser usada para valorizar a beleza plural, diversa e subjetiva, por meio de obras que representem e homenageiem as diferentes formas de beleza que existem no mundo, sem copiar ou distorcer.
A beleza plural, diversa e subjetiva é uma forma de reconhecer e respeitar a diversidade cultural e individual que existe no mundo. Ela também é uma forma de expressar e apreciar a própria beleza, sem se submeter aos padrões de beleza impostos pela mídia, pela moda e pelo consumo. Por isso, é importante que as pessoas valorizem a beleza plural, diversa e subjetiva. Se você se interessou por esse tema e quer saber mais sobre ele, confira os links abaixo:
Espero que você tenha gostado deste texto sobre padrões de beleza enquanto um processo multicultural. Se você tiver alguma dúvida ou sugestão, por favor, me avise. 😊
Referências:
BATRES, C. et al. The influence of facial cosmetics on the perceived age and attractiveness of women across ethnicities. Personality and Individual Differences, v. 68, p. 82-86, 2014.
DOVE. Dove Real Beauty Sketches. YouTube, 2013. Disponível em: 6.
GOMES, I. C.; CAMARGO JR., K. R. Padrões estéticos: a imposição da cultura do belo. Psicologia & Sociedade, v. 18, n. 1, p. 90-97, 2006.
LE BRETON, D. A história do corpo. Estudos Históricos, v. 16, n. 31, p. 1-14, 2003.
NASH, R. et al. Cosmetics: They influence more than Caucasian female facial attractiveness. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 108, n. 45, p. 18255-18259, 2011.
PHAN, M. O poder da maquiagem. TEDxUCIrvine, 2015. Disponível em: 5.
THE STORY OF BEAUTY (2017). Netflix.
UNIVERSA. Como as cores das nossas roupas afetam nossos sentimentos. Universa, 2018. Disponível em: 4.
Olá! Eu sou Gérson Silva Santos Neto, e minha paixão é explorar os mistérios da mente humana e desvendar os segredos do cérebro. Mas espere, há mais: sou também um neurocientista biohacker. Vamos nos aprofundar nisso?
O Começo da Aventura
Desde criança, eu já era fascinado pelas perguntas que pareciam não ter respostas simples: Por que pensamos o que pensamos? Como nossas emoções se entrelaçam com os circuitos neurais? Essas questões me impulsionaram a seguir uma carreira na interseção entre a psicologia e a neurociência.
A Jornada Acadêmica e Além
Doutorado em Neurociências e Ciências do Comportamento: Minha jornada acadêmica me levou à Universidade de São Paulo (USP), onde mergulhei fundo no estudo dos distúrbios do neurodesenvolvimento. Imagine: perfis cognitivos, comportamentais e de personalidade da síndrome de Turner, tudo isso conectado à herança cromossômica do X. Foi uma verdadeira aventura científica!
Mestre em Ciências (Neurociências): Antes do doutorado, fiz uma parada estratégica para obter meu título de mestre. Minha pesquisa? Investigar as alterações neuropsicológicas relacionadas ao rinencéfalo, usando a síndrome de Kallmann como modelo. Essa síndrome, com suas disfunções genéticas, é um quebra-cabeça intrigante que me fez perder noites de sono (no bom sentido, claro!).
Biohacking: Desvendando Limites
Aqui está o toque especial: sou um biohacker. O que isso significa? Bem, não apenas observo o cérebro; também experimento com ele. Desde otimização cognitiva até técnicas de meditação avançadas, estou sempre explorando maneiras de elevar nossa experiência mental. Ah, e sim, às vezes uso eletrodos e wearables estranhos. Mas hey, a ciência é uma aventura, certo?
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