Transtornos de ansiedade: 8 tipos e como são classificados pelo DSM-5

Você já sentiu medo, nervosismo, preocupação ou desconforto excessivos e persistentes, que interferiram na sua vida normal? Se sim, você pode ter sofrido de um transtorno de ansiedade, uma condição psiquiátrica muito comum e que afeta cerca de 18% da população adulta no Brasil. Neste artigo, você vai aprender o que são os transtornos de ansiedade, quais são os seus tipos e como eles são classificados pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, quinta edição (DSM-5), uma ferramenta utilizada por profissionais da saúde mental para diagnosticar os transtornos psiquiátricos.

Tipos de transtornos de ansiedade segundo o DSM-5

Os transtornos de ansiedade são um grupo de condições que se caracterizam por medo, nervosismo, preocupação e desconforto excessivos e persistentes, que interferem no funcionamento normal da pessoa. Eles podem ser desencadeados por estressores ambientais, fatores genéticos, condições médicas ou uso de substâncias. O DSM-5 agrupa os transtornos de ansiedade em oito categorias principais :

  • Transtorno de ansiedade generalizada: caracterizado por uma preocupação excessiva e difícil de controlar sobre vários aspectos da vida, como trabalho, saúde, família, dinheiro, etc., que persiste por pelo menos seis meses e causa sofrimento ou prejuízo significativo.
  • Transtorno de ansiedade social (fobia social): caracterizado por um medo intenso e persistente de situações sociais ou de desempenho, nas quais a pessoa teme ser avaliada negativamente ou envergonhar-se diante dos outros, levando a evitar ou suportar com grande ansiedade essas situações.
  • Transtorno de ansiedade por separação: caracterizado por um medo excessivo e inadequado de perder ou se separar de pessoas significativas, como pais, cônjuge ou filhos, que leva a comportamentos de apego excessivo, preocupação com a possibilidade de perda ou dano, dificuldade em ficar sozinho ou dormir fora de casa, etc.
  • Agorafobia: caracterizado por um medo intenso e persistente de lugares ou situações onde escapar ou obter ajuda pode ser difícil ou embaraçoso, como espaços abertos, públicos, fechados ou lotados, que leva a evitar ou suportar com grande ansiedade essas situações.
  • Transtorno do pânico: caracterizado por ataques recorrentes e inesperados de pânico, que são episódios súbitos de medo intenso acompanhados de sintomas físicos como palpitações, falta de ar, sudorese, tremores, náuseas, tonturas, etc., que levam a pessoa a temer ter novos ataques ou a mudar seu comportamento em função do medo.
  • Mutismo seletivo: caracterizado por uma incapacidade persistente de falar em situações sociais específicas onde se espera que a pessoa fale, como na escola ou no trabalho, apesar de falar normalmente em outras situações.
  • Fobias específicas: caracterizadas por um medo intenso e persistente de objetos ou situações específicas, como animais, altura, sangue, injeções, aviões, etc., que leva a pessoa a evitar ou suportar com grande ansiedade esses estímulos.
  • Transtorno de ansiedade induzido por substâncias/medicamentos: caracterizado por sintomas proeminentes de ansiedade que se desenvolvem durante ou logo após o uso ou a abstinência de uma substância (como álcool, cafeína, drogas ilícitas) ou um medicamento (como corticoides, anfetaminas).

O diagnóstico dos transtornos de ansiedade é feito com base nos critérios do DSM-5, que descrevem os sintomas específicos e exigem a exclusão de outras causas dos sintomas. O tratamento dos transtornos de ansiedade pode envolver psicoterapia (como terapia cognitivo-comportamental), medicamentos (como antidepressivos, ansiolíticos ou betabloqueadores) ou uma combinação dos dois.

Os transtornos de ansiedade podem causar muito sofrimento e prejuízo para as pessoas que os sofrem e para seus familiares. Por isso, é importante buscar ajuda profissional quando os sintomas de ansiedade se tornam excessivos, persistentes ou interferem na qualidade de vida. Se você quer saber mais sobre o que é o DSM-5 e como ele funciona, clique aqui. Se você quer saber mais sobre como tratar os transtornos de ansiedade, clique aqui.

Referências:

: LOTUFO NETO, Francisco. Epidemiologia dos transtornos de ansiedade no Brasil. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 22, n. 2, p. 54-58, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000200006

: DSM-V: o que o manual diz sobre o transtorno de ansiedade – Descomplica. Disponível em: https://descomplica.com.br/blog/ansiedade-dsm-v/

: Transtornos de ansiedade: tipos, sintomas, causas e tratamento. Disponível em: https://br.psicologia-online.com/transtornos-de-ansiedade-tipos-sintomas-causas-e-tratamento-229.html

: Visão geral dos transtornos de ansiedade – MSD Manuals. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/ansiedade-e-transtornos-relacionados-a-estressores/vis%C3%A3o-geral-dos-transtornos-de-ansiedade

Autor

  • DrGersonNeto

    Olá! Eu sou Gérson Silva Santos Neto, e minha paixão é explorar os mistérios da mente humana e desvendar os segredos do cérebro. Mas espere, há mais: sou também um neurocientista biohacker. Vamos nos aprofundar nisso? O Começo da Aventura Desde criança, eu já era fascinado pelas perguntas que pareciam não ter respostas simples: Por que pensamos o que pensamos? Como nossas emoções se entrelaçam com os circuitos neurais? Essas questões me impulsionaram a seguir uma carreira na interseção entre a psicologia e a neurociência. A Jornada Acadêmica e Além Doutorado em Neurociências e Ciências do Comportamento: Minha jornada acadêmica me levou à Universidade de São Paulo (USP), onde mergulhei fundo no estudo dos distúrbios do neurodesenvolvimento. Imagine: perfis cognitivos, comportamentais e de personalidade da síndrome de Turner, tudo isso conectado à herança cromossômica do X. Foi uma verdadeira aventura científica! Mestre em Ciências (Neurociências): Antes do doutorado, fiz uma parada estratégica para obter meu título de mestre. Minha pesquisa? Investigar as alterações neuropsicológicas relacionadas ao rinencéfalo, usando a síndrome de Kallmann como modelo. Essa síndrome, com suas disfunções genéticas, é um quebra-cabeça intrigante que me fez perder noites de sono (no bom sentido, claro!). Biohacking: Desvendando Limites Aqui está o toque especial: sou um biohacker. O que isso significa? Bem, não apenas observo o cérebro; também experimento com ele. Desde otimização cognitiva até técnicas de meditação avançadas, estou sempre explorando maneiras de elevar nossa experiência mental. Ah, e sim, às vezes uso eletrodos e wearables estranhos. Mas hey, a ciência é uma aventura, certo? Se você quiser saber mais ou trocar ideias sobre cérebros, biohacking ou qualquer coisa do gênero, estou aqui! 🧠✨