5 fatos sobre a monogamia que você precisa saber
A monogamia é uma forma de relacionamento em que um indivíduo tem apenas um parceiro, seja sexual ou romântico, durante a sua vida ou durante períodos. É também um comportamento social de alguns animais, que têm apenas um companheiro sexual por vez. Mas você sabe como surgiu e se evoluiu a monogamia na humanidade? Neste artigo, vamos apresentar cinco fatos sobre a monogamia que você precisa saber.
1. A monogamia tem origem biológica e social
Segundo alguns estudos, a monogamia teve sua origem ligada a questões biológicas que foram importantes para a perpetuação da espécie e para a união dos genitores em prol do sucesso no crescimento do filhote, que por serem mais frágeis que outros animais, necessitavam de um cuidado de ambos para sobreviver. De acordo com um trabalho publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, a monogamia teria surgido entre os mamíferos como uma estratégia usada pelos machos para proteger as fêmeas, e evitar que elas se acasalassem com machos rivais. No cenário estudado pela equipe, as fêmeas viviam isoladas uma das outras, para evitar a competição entre elas (VEJA, 2013).
A monogamia também tem uma origem social e histórica, que se relaciona com as transformações culturais e econômicas das sociedades humanas. Segundo o filósofo Friedrich Engels, em seu livro “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”, uma possível origem da monogamia se deu dentro da sociedade grega da Antiguidade, cuja organização familiar se baseava no sistema patriarcal. Nesse sistema, o homem tinha o poder sobre a mulher e os filhos, e buscava garantir a fidelidade da esposa para assegurar a legitimidade da herança. A monogamia também foi influenciada pelos ideais cristãos propagados pela Igreja Católica na Idade Média, que impulsionaram o casamento como a única forma aceita de se ter sexo com o aval da moral da religião (PSICANÁLISE CLÍNICA, 2022).
2. A monogamia não é natural nem universal
Apesar de ser considerada como o padrão dominante nas sociedades ocidentais modernas, a monogamia não é natural nem universal entre os seres humanos. Isso significa que ela não é determinada pela biologia ou pela genética, mas sim por fatores culturais e históricos que variam de acordo com o tempo e o espaço. Existem outras formas de relacionamento que são praticadas por diferentes povos e culturas ao redor do mundo, como a poligamia (quando um indivíduo tem mais de um parceiro), o poliamor (quando há múltiplos relacionamentos amorosos consensuais), o relacionamento aberto (quando há liberdade para ter relações sexuais com outras pessoas fora do casal), entre outras.
Além disso, a monogamia também não é natural nem universal entre os animais. Segundo um estudo publicado na revista Science, apenas cerca de 3% dos mamíferos são monogâmicos, e mesmo assim eles podem ter relações sexuais ocasionais com outros parceiros. Entre as aves, cerca de 90% formam casais estáveis, mas muitas delas também praticam a “infidelidade genética”, ou seja, copulam com outros indivíduos fora do par (BBC BRASIL, 2014).
3. A monogamia tem vantagens e desvantagens
Assim como qualquer forma de relacionamento, a monogamia tem vantagens e desvantagens para os indivíduos envolvidos. Entre as vantagens, podemos citar:
- Aumento da confiança e da intimidade entre o casal;
- Redução dos riscos de contrair doenças sexualmente transmissíveis;
- Maior estabilidade emocional e financeira;
- Maior apoio e cooperação na criação dos filhos.
Entre as desvantagens, podemos citar:
- Diminuição da paixão e da novidade sexual;
- Aumento do tédio e da rotina;
- Possibilidade de conflitos e traições;
- Restrição da liberdade e da diversidade afetiva.
4. A monogamia é um desafio para muitas pessoas
Apesar de ser valorizada e desejada por muitas pessoas, a monogamia é um desafio para muitas outras, que enfrentam dificuldades para manter um relacionamento exclusivo e duradouro com um único parceiro. Isso pode acontecer por diversos motivos, como:
- Diferenças de personalidade, valores e expectativas entre o casal;
- Falta de comunicação, diálogo e respeito mútuo;
- Insatisfação sexual ou emocional;
- Atração ou interesse por outras pessoas;
- Crises pessoais ou profissionais.
Para superar esses desafios, é preciso que o casal tenha clareza sobre o que quer e o que espera do relacionamento, que seja honesto e fiel aos seus sentimentos, que saiba negociar e ceder quando necessário, que busque manter a chama da paixão acesa, que procure ajuda profissional se for preciso, e que respeite a individualidade e a liberdade de cada um.
5. A monogamia é uma escolha pessoal
Diante de tudo o que foi exposto, podemos concluir que a monogamia é uma escolha pessoal, que depende dos valores, das preferências e das circunstâncias de cada indivíduo. Não há uma forma certa ou errada de se relacionar, mas sim formas diferentes que podem ser mais ou menos adequadas para cada pessoa. O importante é que cada um seja feliz e realizado com a sua escolha, e que respeite a escolha dos outros.
A monogamia pode ser uma forma de relacionamento muito gratificante e satisfatória para muitas pessoas, mas também pode ser uma fonte de frustração e sofrimento para outras. Por isso, antes de optar pela monogamia, é preciso se conhecer bem, saber o que se quer e o que se espera do parceiro, e estar disposto a enfrentar os desafios que ela implica. A monogamia não é uma obrigação nem uma imposição social, mas sim uma possibilidade entre tantas outras.
Referências:
BBC BRASIL. Por que os animais são infiéis? Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/07/140710_animais_infieis_fn.
PSICANÁLISE CLÍNICA. O que é a Monogamia e sua origem histórica e social? Disponível em: https://www.psicanaliseclinica.com/monogamia/
VEJA. Novos estudos britânicos discutem origem da monogamia. Disponível em: https://veja.abril.com.br/ciencia/novos-estudos-britanicos-discutem-origem-da-monogamia/
WIKIPÉDIA. Monogamia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Monogamia
Olá! Eu sou Gérson Silva Santos Neto, e minha paixão é explorar os mistérios da mente humana e desvendar os segredos do cérebro. Mas espere, há mais: sou também um neurocientista biohacker. Vamos nos aprofundar nisso?
O Começo da Aventura
Desde criança, eu já era fascinado pelas perguntas que pareciam não ter respostas simples: Por que pensamos o que pensamos? Como nossas emoções se entrelaçam com os circuitos neurais? Essas questões me impulsionaram a seguir uma carreira na interseção entre a psicologia e a neurociência.
A Jornada Acadêmica e Além
Doutorado em Neurociências e Ciências do Comportamento: Minha jornada acadêmica me levou à Universidade de São Paulo (USP), onde mergulhei fundo no estudo dos distúrbios do neurodesenvolvimento. Imagine: perfis cognitivos, comportamentais e de personalidade da síndrome de Turner, tudo isso conectado à herança cromossômica do X. Foi uma verdadeira aventura científica!
Mestre em Ciências (Neurociências): Antes do doutorado, fiz uma parada estratégica para obter meu título de mestre. Minha pesquisa? Investigar as alterações neuropsicológicas relacionadas ao rinencéfalo, usando a síndrome de Kallmann como modelo. Essa síndrome, com suas disfunções genéticas, é um quebra-cabeça intrigante que me fez perder noites de sono (no bom sentido, claro!).
Biohacking: Desvendando Limites
Aqui está o toque especial: sou um biohacker. O que isso significa? Bem, não apenas observo o cérebro; também experimento com ele. Desde otimização cognitiva até técnicas de meditação avançadas, estou sempre explorando maneiras de elevar nossa experiência mental. Ah, e sim, às vezes uso eletrodos e wearables estranhos. Mas hey, a ciência é uma aventura, certo?
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